
Traduzimos o mundo, mas seguimos invisíveis
- Kauana Mota
- 17 de jun.
- 1 min de leitura
Sem tradução, não há literatura estrangeira — e sem valorização, não há futuro para quem traduz.
Muitos dos livros que chegam às nossas mãos passaram pelas mãos cuidadosas de tradutoras e tradutores que tentam incansavelmente vestir as palavras do autor com uma nova linguagem, uma nova casa, um novo idioma.
Traduzir não é apenas trocar palavras. É recriar sentidos, transportar ideias, adaptar culturas — tudo isso com a responsabilidade de manter a voz do autor viva, mesmo em outro idioma. E, mesmo sendo parte fundamental da cadeia do livro, a profissão do tradutor literário ainda é marcada pela falta de reconhecimento e por condições precárias de trabalho.
Recentemente, 63 tradutoras reunidas no coletivo Quem Traduziu divulgaram um manifesto sobre a situação alarmante da tradução no Brasil: contratos sem previsão de bônus ou renegociação em caso de novas tiragens, atrasos e até calotes por parte das editoras e ausência total de reconhecimento público.
A maioria dos contratos prevê um valor fixo — mesmo que o livro se torne um best-seller ou ganhe edições em outros países. Parece justo?
📚 Traduzimos livros que alcançam o mundo, mas não temos garantias mínimas por esse alcance.
📉 Muitas vezes, esse trabalho é assumido por profissionais que precisam de outras fontes de renda, já que viver apenas da tradução ainda é um desafio enorme no Brasil.
Esse manifesto é um grito por dignidade. Por reconhecimento. Por contratos mais justos.
💬 Valorizar a tradução é valorizar o acesso ao conhecimento e à diversidade cultural.
📌 Você sabia disso?
Compartilhe este post para que mais pessoas conheçam a realidade de quem dá voz aos livros estrangeiros que amamos ler.
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